TEATRO
Na primeira aula, achei muito interessantes e válidas as técnicas apresentadas.
Pouco a pouco, percebi que eu e outras colegas fomos nos soltando. De uma maneira lenta, os exercícios foram ganhando complexidade.
Vamos resgatar para posterior pesquisa e uso, as atividades desenvolvidas:
* Chefe Manda - quando o chefe dava uma ordem precedida da expressão "chefe, manda" deveríamos segui-la. Quando desse uma ordem sem essa precedência deveríamos ignorá-la. Achei um exercício excelente, fazendo com que todos se integrassem, relaxassem e fossem se soltando, bem como construindo cumplicidade e confiança no grupo.
* Caminhada com níveis e uso dos braços - num primeiro momento deveríamos caminhar livremente e quando fosse dada a ordem para parar, deveríamos "congelar" em níveis de altura diferentes, explorando vários espaços e posteriormente, utilizando as mãos para dar expressividade.
* Caminhada em grupos: com a contagem até 10, repetição da atividade anterior, mas divididos em 2 grupos. Sempre um estaria em forma de estátua e outro circulando. Assim, podíamos em criando, recriando imagens e esculturas.
* Fotos (no estilo da máquina maluca) - um a um íamos agregando uma pose para ir construindo uma história (deu show de rock, acidente de trânsito...).
* Fotos em 3 e 5 tempos - Deveríamos criar histórias com 3 e depois 5 ou mais fotos.
As atividades que tivemos atividades que fizemos (formar conjunto de fotos contando uma história).
A aprendizagem que fica para mim, a partir dos estudos teóricos que tivemos e da vivência tida, é que apesar de essas atividades serem espetaculares, as das fotos não devem ser utilizadas "de supetão" (não sujeitei ainda a testes) com crianças de séries iniciais (por não terem o nível de abstração desenvolvido e serem apegadas ao concreto).
Acredito que deve-se partir do uso de panos, objetos, roupas para criarem-se personagens, imagens para serem recriadas (foto). Adorei a menção do professor de que já utilizou desenhos no quadro produzidos pelos alunos.
As experiências que tive de mímica só tiveram sucesso com coisas muito fáceis de serem reproduzidas e que eram concretas para as crianças (correr). Atividades que exigissem mais abstração, raciocínio e expressão corporal para serem reproduzidas não tiveram sucesso.
O professor comentou que professoras em curso corriam até armários e paredes quando ele fazia menção a isso para ser representado algo, a invés de imaginar a parede e o armário.
Já disse no Fórum e repito: "Acredito no teatro como forte instrumento de resgate da auto-estima e penso que apesar das barreiras é saudável persuadir nossos alunos a enfrentarem seus medos e se exporem, ultrapassando limites e redescobrindo suas potencialidades. Muitas vezes, eles têm um enorme desejo de contracenar, mas a baixa-estima os impede de se colocarem à disposição para encenar e se entristecem vendo os mesmos colegas de sempre brilharem".
E disso eu tenho comprovação. Há anos atrás construi uma peça com alunos de 2ª série envolvendo a sala toda na criação de cenário, detalhes da história e escolha de áudio. TODOS contracenaram. Eu cuidei do áudio e não tinha iluminação. Foi uma experiência linda! E que me rendeu, não, NOS rendeu muitos frutos e crescimento.
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