Reflexões e produção textual a partir da leitura do texto “Do acaso à intenção em Estudos Sociais”, de Maria Aparecida Bergamaschi
É indiscutível a importância do planejamento visando uma proveitosa prática pedagógica. Já dizem os ditos populares, que quem não sabe para onde vai, não chega a lugar algum. Ter ciência do tipo de conhecimento e consciência que se prentende gerar em nossos alunos é ponto de partida para o estudo de qualquer temática. Sujeitar-se a uma relação de conteúdos programáticos sem refleti-los e ponderar sobre eles é exonerar-se da responsabilidade dos conhecimentos e pensamentos gerados através dos mesmos.
Segundo Maria Aparecida Bergamaschi, “Madalena Freire (1997) enfatiza que, ao planejar, deve-se sonhar e é nesse instrumento chamado planejamento que professores e professoras podem colocar o sonho das aprendizagens que desejam para o grupo de alunos e alunas com que atuam, materializando, no plano de trabalho, suas intenções. Um sonho que joga o olhar para frente, para ações que imagina necessárias, ao vislumbrar situações que precisam ser transformadas pela atuação cidadã dos alunos e alunas. “
É fundamental conhecer o passado, para entender o presente e construir o futuro, não incorrendo nos mesmos erros. Mas planejar deve ser um ponto de partida e um elemento norteador, não um roteiro pré-fixado inquestionável e livre de ajustes.
Não tenho muitas lembranças de vivências escolares. Mas recordo-me de cada passeio ao sítio da escola e a praças e as aventuras ocasionadas pelos mesmos. Prova, de que é a prática que se eterniza. Assim como também recordo de um esforço imenso em despertar o civismo e de uma galeria de fotos heróis que conheci no Ensino Fundamental e que no Ensino Médio me incitaram a questionar, rfato que me remete a um certo preconceito de professores de área frente aos do Currículo. Mas foi somente no Ensino Médio qwue tive acesso a museus.
Engraçado, me lembro de odiosas bolas (aliás, minúsculas e onfinitas bolinhas) de crepon para serem utilizadas para preencher uma enorme e estúpida folha de ofício com a bela Bandeira do RS. Mas sus histórias e mistérios de seus símbolos não me foram apresentados.
As lembranças das séries finais são de uma pesquisa sobre o plebiscito e de4 um professor que não lia os trabalhos (acredite, os diabólicos o testaram), mas dava notas pela quantidade de folhas redigidas, sem questionar muito o conteúdo.
Como aluna percebi e como estudante de Magistério reafirmei que é a curiosidade em desvendar algo interessante e o interesse de dar sentido ou importância às minhas vivências que estimulam e impulsionam a aprendizagem. Lembro-me de uma professora que nos dizia no Magistério que se havíamos pedido um material de observação ou matéria-prima e os alunos não trouxeram é porque não soubemos envolvê-los.
Quanto à interdisciplinariedade e a agregação de conteúdos, recordo-me do meu período de estágio de Magistério, onde um dia entrando na sala de aula, um dos meus alunos disse “Ah, não. Água de novo?”. Há que se saber a hora de parar ou ser motivador a ponto de tornar significativo a permanência numa temática. Eu não soube.
Além de partir da prática dos alunos, considerando, refletindo e provocando a reavalição dos seus conceitos, é fundamental ultrapassar o senso comum e aprofundar o estudo, resultando em novos conhecimentos.
Quanto ao que se deve ensinar em estudos sociais, acredito que deve-se estudar a história da criança, da família e a realidade da comunidade onde a escola está inserida e a partir dela seguir em direção a demais acontecimentos da Cidade, do estado, do país. O mais difícil é desenvolver a noção de temporalidade e para isso só auxiliando a criança a compreender o ciclo vital.
Minha filha de 2 anos levou fotos de quando era recém nascida para a creche onde estuda, para iniciarem um estudo sobre a história de vida deles. Sabendo que ela não tem abstração, mandei uma foto onde ela parece comigo e com o pai, para que tenha mais facilidade de assimilar que o nenê da foto é ela. Mas confesso que subestimei sua capacidade de abstração, pois ela ao ver no hospital a logomarca do meu trabalho num cartaz, apontou dizendo “Trabalhinho da mamãe”.
sexta-feira, 2 de maio de 2008
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