segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Linguagem



É, a linguagem é um espetacular artefato que propicia a facilitação da harmonia na convivência, garantindo a comunicação dos seres humanos. Pra comprovar isso basta pensar passar um dia que seja num país onde desconheça-se a língua. Já pensou o pavor de não saber como perguntar onde tem banheiro ou fazer-se entender quanto ao que se deseja comer ou beber?

Mas mesmo dentro do mesmo país e sob a mesma língua oficial, a língua tem suas peculiaridades. Comentava num trabalho da interdisciplina que acredito que a criança deve ter acesso a diversos portadores de texto e que a escola por muito tempo supervalorizou os discursos formais e as histórias em quadrinhos que são tão admiradas pelas crianças e chamam tanto a sua atenção ganhando dedicação eram tidas como lixo comercial. A pouco tempo, uma colega formou-se pela UNISINOS fazendo o trabalho de conclusão voltado à importância das histórias em quadrinhos para a alfabetização.

Acho interessante que na língua espanhola inclusive existem vocábulos para a formalidade e para a informalidade, destacados inclusive na gramática. Trata-se de tú e usted. O pronome usted deve ser utilizado para dirigir-se a pessoas mais velhas, importantes ou àquelas que desconhecemos. O tú utiliza-se para amigos, colegas, pessoas da mesma idade. A grámatica brasileira supervaloriza o discurso formal.

Mas, penso que em termos de linguagem já avançamos muito. A escola cada vez mais abre espaço para multiplicidade de discursos. Aliás, vale ressaltar que discursos vestem diversas roupagens e que em cada área profissional acabam povoando uma ilha, que só quem se especializa tem acesso. Mas até isso com o adevnto da globalização e internet está perdendo espaço. Hoje há até quem vá ao médico com seu diagnóstico pronto.

Concluindo, gostaria de dizer que inicio esta interdisciplina cheia de expectativas, porque sou uma apaixonada pela linguagem e tinha um desejo imenso em me especializar na alfabetização, mas na cadeira que tivemos ficou evidente pra mim os erros cometidos, como o conflito a que a criança é submetida a ter acesso ao alfabeto ilustrado na sala, os exercícios cansativos e inúteis para a evolução da escrita. Mas confesso que fiquei me questionando sobre afinal, quais serão os caminhos corretos a seguir. Será que os métodos que eu utilizava são aceitáveis? Bem, o certo é que a minha turma, apesar de eu ter saído em outubro pra assumir na SMED teve a maior aprovação da escola. E foi meu primeiro ano de alfabetização.

Espero que esta interdisciplina me ajude a encontrar caminhos atualizados e eficientes para sentir-me extremamente capaz de utilizar as ferramentas certas para alfabetizar.

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