Bem, estive na Bienal e convido você a visitar meu Webfólio e acompanhar a reprodução da visita que fiz. Uma senhora apresentação em Power Point, dividida em duas partes.
Mas o que mais me chamou a atenção foi um vídeo, onde um homem fazia poses diversas e repetia a frase "I am making art", sugerindo que não importa o que façamos, estamos sempre fazendo arte.
Muito interessante observar cada obra e pensar sobre intenção do autor!
Achei muito interessante repensar sobre o que a mídia coloca à nossa disposição, ou (falando de música e das porcarias que ouvimos) nos faz pensar que está à nossa disposição.
Estive correndo muito nos últimos dias em vista da Programação da XXIV Festa das Rosas e acabei me passando nas postagens...mas nem por isso deixei de aprender coisas ou refletir sobre as aprendizagens.
As escolas participaram com apresentações culturais e dos Desfiles da Festa trazendo as oficinas extra-classe (de esporte, dança, teatro...), suas bandas, alunos uniformizados. Aliás, a comunidade toda estava presente, inclusive desfilando (escolas de samba, clubes de serviço, as belas soberanas).
Hoje fui aplicar a aula sobre MPB. E entre tantas porcarias que querem nos vender e com as quais querem nos aculturar, percebi que me desatualizei...
Ninguém sabia o que era MPB. E provei que sim, ao iniciar a cantar "A casa" de Vinícius de Moraes e ser acompanhada or todos. Achei que iam dizer que adoram Hip Hop, mas a onda agora é Funk. Disse uma aluna pra mim "Profe, a gente gosta mesmo é de Funk".
Mas educadamente contribuiram comigo e participaram dessa tal de aula sobre MPB. Acharam tudo meio breguinha e aquela tal de música do Peru um gozo, que até quiseram ouvir mais de uma vez pra conferir mais de perto.
Alguns meio tímidos, outros mais despachados, entregaram-se a essa viagem, cantando, conhecendo e reproduzindo. Acho que quando alguém perguntar de novo sobre essa tal de MPB, alguns vão se arriscar a dizer algumas coisas. Pena ter sido reduzido o tempo...
Ah, nossa última aula de teatro! Como é difícil se expor! Como requer ser criativo, expressar-se e relacionar-se bem com seu corpo, ser livre para alçar vôos da imaginação e entregar-se à cena. Como é bom fomentar a criação.
Literatura...que bela viagem fizemos aos contos infantis! Que saibamos reproduzir aquele Mundo de Alice em cada aula, a cada conto, transformando nosso dia-a-dia sempre numa nova viagem, cheia de prazeres, desprazeres e novas descobertas.
Que fantástico assistir a cada idéia de fazer tanto e reproduzir tanto, com tão pouco R$...assim, dá vontade e aguça a curiosidade ouvir um novo conto.
Voltando ao teatro, aprendi muito, mas pra mim a maior lição de todas foi uma frase "A atenção está onde está a energia" - dizia o professor estático, enquanto todas olhavam a Melissa tentando fechar o ar-condicionado com o mastro da Bandeira. Energia! É ela que prevalecerá sempre: sendo o conto bom ou não, sendo a continha nova, a "matéria" diferente...coloquemos nossa melhor e maior energia em tudo que façamos e teremos todos os olhares, a atenção e contruiremos juntos conhecimento. Paremos, falemos e falemos e falemos e a energia não estará lá...muito menos nossos alunos.
Ah, e falando em Ludicidade, retomo alguns trechos dos meus comentários em uma das atividades: Bem, somos escravos e filhos do capitalismo...logo, consumistas em potencial.
Vivemos na era do descartável, onde alimentos, brinquedos, pessoas e sentimentos não têm a durabilidade de outrora. A cada novo brinquedo lançado, os já adquiridos perdem o brilho.
É a era do show...tudo tem que ser um espetáculo! E quando deixar de ser novidade e torna-se objeto do cotidiano, cai pra vala comum e fica esquecido no fundo do armário ou da caixa de brinquedos.
Colecione, junte, junte, junte. Tenha muito, tenha tudo.
Mostre para seus amigos QUE VOCÊ TEM.
Às vezes tenho a impressão de que quanto mais o tempo passa, mais perde-se a magia do brincar. O brincar virou construir patrimônio, consumir, consumir, ter, ter mais, muito mais e colocar esse objetivo acima de tudo.Acredito que para valorizar o brincar e não o ter brinquedos devemos ajudar a criança a descobrir como se divertir e como brincar sem precisar submeter-se a adquirir algo para isso.
Bem, eu vi isso novamente hoje, dando aula de música. Eles gostam do Funk que passa na TV e no rádio a toda hora. Sempre fui meio retardadinha, mas eu na idade deles tinha aula de música, adorava a do Fusquinha e ouvia LP com MPB pra criança "Um, dois, três e quatro, dobro a perna e dou um salto...". Curtia Balão Mágico (tudo muiro puro). Tá certo, que eu queria a Barbie e a Xuxinha, mas me divertia com os esmaltes da minha mãe, fingindo ser pessoinhas (e como eu tinha boneca! Minha mãe ficava possessa). Eu era mais livre para criar. Tanto fala-se que o ensino era tradicional, que queremos estimular a criação, valorizar mais a bagagem da criança, reconhecê-la como agente de sua aprendizagem...e parece que a escravidão aumenta!
Vixe, falei por dois meses...
quarta-feira, 28 de novembro de 2007
sexta-feira, 2 de novembro de 2007
Bienal do Mercosul
Munida de máquina fotográfica, na companhia do meu amorzinho, amanhã vou fazer a minha visita a 6ª Bienal do Mercosul, visto que dia 10 de novembro estarei trabalhando e assistindo à fantástica palestra da Clarisse Leal. Como dizia minha querida colega Celi Lutz "Cecília Meirelles, querida. Ou isto ou aquilo".
Organização do tempo: num dia vou colocar a luva e no outro o anel. Dá tempo de fazer tudo!
Bem, resolvi me preparar para a visita...
Trechos extraídos copiado do Site da Bienal:
6ª Bienal do Mercosul: A Terceira Margem do Rio
Na história “A Terceira Margem do Rio” de João Guimarães Rosa, de 1962, um homem decide súbita e inexplicavelmente viver em um barco no meio do rio; rio em cujas margens ele vivera antes uma vida aparentemente normal com a sua família. O barco, também inexplicavelmente, permanece estacionário neste lugar. Após certo tempo, sua família passa a aceitar sua presença silenciosa, e assim ele constitui uma terceira margem para esse rio, mudando sua ecologia cultural para sempre através de sua presença teimosa.
Essa metáfora de uma terceira margem ressoa em muitos níveis como uma necessidade profundamente humana e contemporânea de se ir além das oposições binárias que estruturam as nossas vidas. Após um século XX repleto de jogos de soma zero entre a esquerda e a direita, o formal e o social, o velho e o novo, ou qualquer número de construções mutuamente-destrutivas similares, a terceira margem abre a possibilidade para uma perspectiva independente, um espaço no meio a partir do qual ambas as alternativas podem ser vistas, julgadas e consideradas. A terceira margem é, desse modo, um espaço radicalmente independente, um espaço livre de dogmas ou imposições, um lugar de observação. A terceira margem também une os que antes eram antagonistas num único campo de discussão. Quando Heidegger discutiu a imagem de uma ponte, ele poderia estar falando de uma terceira margem: “A ponte […] não une somente as margens que já estavam lá. As margens emergem como margens somente na medida em que a ponte atravessa o regato […] Ela traz o regato, a margem e a terra para a vizinhança um do outro. A ponte congrega a terra como uma paisagem em torno do regato.”¹ Numa paisagem mental, a ponte é a terceira posição que une as duas ideologias opostas, permitindo uma distância crítica de ambas, e a possibilidade de vê-las como parte de um mesmo sistema.
Exposições monográficas:
Francisco Alberto Matto Vilaró (1911 -1995) nasceu em Montevidéu, Uruguai, em 1911. Não freqüentou o colégio; sua educação se deu por meio de tutores na própria casa. Também estudou desenho e pintura com Carlos Rúfalo. Matto começou a pintar obras em tábuas de formato irregular, sobre temas religiosos, que seriam uma constante ao longo de sua vida.A obra de Matto está muito marcada pelo seu profundo interesse nas culturas pré-colombinas, interesse que o levou a formar sua própria coleção de arte pré-hispânica.
Jorge Macchi nasceu em Buenos Aires, Argentina, em 1963. Estudou artes na Escuela Nacional de Bellas Artes de Buenos Aires e em 1987 recebeu o Título de Professor Nacional de Pintura. Atualmente vive e trabalha em Buenos Aires. A cidade, o cotidiano, a violência e o destino são temas das criações do artista que trabalha em diversas mídias, incluindo instalações, pinturas, vídeos e fotografias.
Öyvind Axel Christian Fahlström (1928 – 1976) nasceu em São Paulo, Brasil, em 28 de dezembro de 1928. Passou sua infância em São Paulo, Niterói e Rio de Janeiro e foi educado em português e inglês na Escola Britânica de São Paulo. Aos dez anos de idade foi passar o verão na Suécia, mas, um mês após sua chegada em Estocolmo, a Alemanha invadiu a Polônia. Impedido de viajar devido à eclosão da 2ª Guerra Mundial, permaneceu na cidade, tendo cursado história da arte na Universidade de Estocolmo. Já formado, viajou para Paris e Itália, onde encontrou outros poetas e pintores. Contribuiu regularmente para a imprensa sueca em tópicos relativos à cultura local e estrangeira, papel que desempenhou pelo resto de sua vida. Fahlström trabalhou com happenings e performances; além de artista visual, escreveu peças de teatro, fez filmes e documentários.
Zona Franca
À medida que o discurso curatorial da sexta Bienal do Mercosul articula um distanciamento do formato tradicional das bienais em seu esforço de representação regional, o projeto Zona Franca aposta em um critério de qualidade e relevância a nível internacional. A pergunta por trás dessa proposta é: o que aconteceria se a equipe de curadores pudesse escolher, sem condicionamentos, projetos internacionais considerados de maior relevância no cenário global? Dessa maneira, também articula-se a visão desde o Mercosul até o mundo, sendo esse um dos princípios intelectuais fundadores dessa bienal.
CURADORES LEVANDO-NOS A ARTE DO MUNDO...
Gabriel Pérez-Barreiro
É doutor em História e Teoria da Arte pela University of Essex e Mestre em História da Arte e Estudos Latino-Americanos pela University of Aberdeen.
Luiz Pérez-Oramas
É escritor, poeta e historiador da arte. Fez doutorado sob a orientação de Louis Marin e Hubert Damisch, na Ecole des Hautes Etudes en Sciences Sociales, em Paris, França, em 1994.
Inés Katzenstein
Inés Katzenstein é formada em Ciências da Comunicação pela Universidade de Buenos Aires e realizou mestrado em Estudos Críticos e Curatoriais no Center for Curatorial Studies, em Bard College, Nova York.
Moacir dos Anjos
Integra júris de diversos salões de arte no país. Tem ensaios sobre história e teoria da arte e textos críticos sobre artistas publicados em livros, catálogos e revistas.
TRÊS FRONTEIRAS
A zona das três fronteiras (Argentina/Brasil/Paraguai) constitui o coração da condição multinacional, comercial, ecológica e cultural do Mercosul. Onde as fronteiras se encontram literalmente é onde podemos começar a falar de uma cultura de intersecções e co-dependências, de fluidez e intercâmbio, de conflitos e de convivência. Sendo este o lugar da primeira comunidade transnacional colonial, com as expedições jesuíticas e, em seguida, um lugar de conflitos entre a coroa espanhola e os interesses comerciais do Brasil e da Argentina, é também o cenário da guerra da Tríplice Aliança, que marca para sempre e brutalmente a história do Paraguai. Hoje em dia, o local é centro de uma complexa rede de circulação de mercadorias – legais e ilegais -, e está sob suspeita de fazer parte de uma rede de apoio ao terrorismo internacional. Situado no seio geográfico da região do Mercosul, está longe, entretanto, dos discursos culturais das grandes cidades da região, mas paralelamente a isso, ocupa um papel chave nas economias locais e internacionais.
Ticio Escobar é curador, professor, crítico de arte, promotor cultural e diretor do Museu de Arte Indígena do Centro de Artes Visuais, em Assunção, no Paraguai. De 1991 a 1996, foi Diretor de Cultura do município de Assunção. É presidente do Capítulo Paraguayo de la Asociación Internacional de Críticos de Arte. Também é membro do Conselho de Doutorado em Filosofia, na área de Estética e Teoria da Arte da Universidade do Chile. Publicou vários títulos sobre arte paraguaia e latino-americana.
Visite o site da Bienal, clicando aqui
E VAMOS A BIENAL...agora com outro olhar...volto com relatos e com fotos...espero que seja autorizado, senão vou fazer a carinha do Gato de Botas do Shrek...
Organização do tempo: num dia vou colocar a luva e no outro o anel. Dá tempo de fazer tudo!
Bem, resolvi me preparar para a visita...
Trechos extraídos copiado do Site da Bienal:
6ª Bienal do Mercosul: A Terceira Margem do Rio
Na história “A Terceira Margem do Rio” de João Guimarães Rosa, de 1962, um homem decide súbita e inexplicavelmente viver em um barco no meio do rio; rio em cujas margens ele vivera antes uma vida aparentemente normal com a sua família. O barco, também inexplicavelmente, permanece estacionário neste lugar. Após certo tempo, sua família passa a aceitar sua presença silenciosa, e assim ele constitui uma terceira margem para esse rio, mudando sua ecologia cultural para sempre através de sua presença teimosa.
Essa metáfora de uma terceira margem ressoa em muitos níveis como uma necessidade profundamente humana e contemporânea de se ir além das oposições binárias que estruturam as nossas vidas. Após um século XX repleto de jogos de soma zero entre a esquerda e a direita, o formal e o social, o velho e o novo, ou qualquer número de construções mutuamente-destrutivas similares, a terceira margem abre a possibilidade para uma perspectiva independente, um espaço no meio a partir do qual ambas as alternativas podem ser vistas, julgadas e consideradas. A terceira margem é, desse modo, um espaço radicalmente independente, um espaço livre de dogmas ou imposições, um lugar de observação. A terceira margem também une os que antes eram antagonistas num único campo de discussão. Quando Heidegger discutiu a imagem de uma ponte, ele poderia estar falando de uma terceira margem: “A ponte […] não une somente as margens que já estavam lá. As margens emergem como margens somente na medida em que a ponte atravessa o regato […] Ela traz o regato, a margem e a terra para a vizinhança um do outro. A ponte congrega a terra como uma paisagem em torno do regato.”¹ Numa paisagem mental, a ponte é a terceira posição que une as duas ideologias opostas, permitindo uma distância crítica de ambas, e a possibilidade de vê-las como parte de um mesmo sistema.
Exposições monográficas:
Francisco Alberto Matto Vilaró (1911 -1995) nasceu em Montevidéu, Uruguai, em 1911. Não freqüentou o colégio; sua educação se deu por meio de tutores na própria casa. Também estudou desenho e pintura com Carlos Rúfalo. Matto começou a pintar obras em tábuas de formato irregular, sobre temas religiosos, que seriam uma constante ao longo de sua vida.A obra de Matto está muito marcada pelo seu profundo interesse nas culturas pré-colombinas, interesse que o levou a formar sua própria coleção de arte pré-hispânica.
Jorge Macchi nasceu em Buenos Aires, Argentina, em 1963. Estudou artes na Escuela Nacional de Bellas Artes de Buenos Aires e em 1987 recebeu o Título de Professor Nacional de Pintura. Atualmente vive e trabalha em Buenos Aires. A cidade, o cotidiano, a violência e o destino são temas das criações do artista que trabalha em diversas mídias, incluindo instalações, pinturas, vídeos e fotografias.
Öyvind Axel Christian Fahlström (1928 – 1976) nasceu em São Paulo, Brasil, em 28 de dezembro de 1928. Passou sua infância em São Paulo, Niterói e Rio de Janeiro e foi educado em português e inglês na Escola Britânica de São Paulo. Aos dez anos de idade foi passar o verão na Suécia, mas, um mês após sua chegada em Estocolmo, a Alemanha invadiu a Polônia. Impedido de viajar devido à eclosão da 2ª Guerra Mundial, permaneceu na cidade, tendo cursado história da arte na Universidade de Estocolmo. Já formado, viajou para Paris e Itália, onde encontrou outros poetas e pintores. Contribuiu regularmente para a imprensa sueca em tópicos relativos à cultura local e estrangeira, papel que desempenhou pelo resto de sua vida. Fahlström trabalhou com happenings e performances; além de artista visual, escreveu peças de teatro, fez filmes e documentários.
Zona Franca
À medida que o discurso curatorial da sexta Bienal do Mercosul articula um distanciamento do formato tradicional das bienais em seu esforço de representação regional, o projeto Zona Franca aposta em um critério de qualidade e relevância a nível internacional. A pergunta por trás dessa proposta é: o que aconteceria se a equipe de curadores pudesse escolher, sem condicionamentos, projetos internacionais considerados de maior relevância no cenário global? Dessa maneira, também articula-se a visão desde o Mercosul até o mundo, sendo esse um dos princípios intelectuais fundadores dessa bienal.
CURADORES LEVANDO-NOS A ARTE DO MUNDO...
Gabriel Pérez-Barreiro
É doutor em História e Teoria da Arte pela University of Essex e Mestre em História da Arte e Estudos Latino-Americanos pela University of Aberdeen.
Luiz Pérez-Oramas
É escritor, poeta e historiador da arte. Fez doutorado sob a orientação de Louis Marin e Hubert Damisch, na Ecole des Hautes Etudes en Sciences Sociales, em Paris, França, em 1994.
Inés Katzenstein
Inés Katzenstein é formada em Ciências da Comunicação pela Universidade de Buenos Aires e realizou mestrado em Estudos Críticos e Curatoriais no Center for Curatorial Studies, em Bard College, Nova York.
Moacir dos Anjos
Integra júris de diversos salões de arte no país. Tem ensaios sobre história e teoria da arte e textos críticos sobre artistas publicados em livros, catálogos e revistas.
TRÊS FRONTEIRAS
A zona das três fronteiras (Argentina/Brasil/Paraguai) constitui o coração da condição multinacional, comercial, ecológica e cultural do Mercosul. Onde as fronteiras se encontram literalmente é onde podemos começar a falar de uma cultura de intersecções e co-dependências, de fluidez e intercâmbio, de conflitos e de convivência. Sendo este o lugar da primeira comunidade transnacional colonial, com as expedições jesuíticas e, em seguida, um lugar de conflitos entre a coroa espanhola e os interesses comerciais do Brasil e da Argentina, é também o cenário da guerra da Tríplice Aliança, que marca para sempre e brutalmente a história do Paraguai. Hoje em dia, o local é centro de uma complexa rede de circulação de mercadorias – legais e ilegais -, e está sob suspeita de fazer parte de uma rede de apoio ao terrorismo internacional. Situado no seio geográfico da região do Mercosul, está longe, entretanto, dos discursos culturais das grandes cidades da região, mas paralelamente a isso, ocupa um papel chave nas economias locais e internacionais.
Ticio Escobar é curador, professor, crítico de arte, promotor cultural e diretor do Museu de Arte Indígena do Centro de Artes Visuais, em Assunção, no Paraguai. De 1991 a 1996, foi Diretor de Cultura do município de Assunção. É presidente do Capítulo Paraguayo de la Asociación Internacional de Críticos de Arte. Também é membro do Conselho de Doutorado em Filosofia, na área de Estética e Teoria da Arte da Universidade do Chile. Publicou vários títulos sobre arte paraguaia e latino-americana.
Visite o site da Bienal, clicando aqui
E VAMOS A BIENAL...agora com outro olhar...volto com relatos e com fotos...espero que seja autorizado, senão vou fazer a carinha do Gato de Botas do Shrek...
Brincando de teatro
Adorei relembrar a experiência de trabalhar com a Aula de Teatro.
Fiquei surpresa como a turma aceitou a proposta, apesar de inicialmente terem em unanimidade deixado claro NÃO GOSTAREM DE FAZER TEATRO.
Percebi que o entusiasmo é a chave para o sucesso em qualquer ação.
A vontade e o amor com que elaborei e apliquei a aula acabou impregnando o ambiente e contagiando toda a turma, provando pra mim mais uma vez que se não soubermos motivar nossos alunos e não tivermos apaixonados e convictos de que a aula que aplicaremos é fantástica, nossos alunos também não pensarão assim.
Eu estava tão empolgada com a aula, que meu namorado ficou com medo de eu voltar arrasada e me disse "...talvez eles não estejam com tanta vontade de fazer teatro como você e a tua aula não tenha tanto sucesso como imaginas."
Foi quase um banho de água fria...e pensei que teria que ir mais motivada para contagiar pessoas tímidas como ele, que faria qualquer coisa pra não ter que levantar da cadeira.
Quando saí de lá, emocionada e inquieta, li avaliações aprovando a aula por unanimidade e solicitando repetir a experiência.
Quando entro numa sala de aula, há algo desconhecido que toma conta de mim...e faz com que tenha vontade de criar muitas coisas e alçar muitos vôos e quando saio de lá, a energia demora a sair de mim...acho que isso chama-se paixão.
O que quis deixar muito claro na aula e acho que consegui, é que qualquer pessoa é capaz de fazer qualquer coisa, desde que PLANEJE, PREPARE-SE e EXECUTE COM ENTUSIASMO.
A maior função do professor, é auxiliar o aluno a compreender que o potencial dele é muito maior do que o que ele se permite acreditar que tem.
Confira alguns flashes dessa deliciosa jornada...
Fiquei surpresa como a turma aceitou a proposta, apesar de inicialmente terem em unanimidade deixado claro NÃO GOSTAREM DE FAZER TEATRO.
Percebi que o entusiasmo é a chave para o sucesso em qualquer ação.
A vontade e o amor com que elaborei e apliquei a aula acabou impregnando o ambiente e contagiando toda a turma, provando pra mim mais uma vez que se não soubermos motivar nossos alunos e não tivermos apaixonados e convictos de que a aula que aplicaremos é fantástica, nossos alunos também não pensarão assim.
Eu estava tão empolgada com a aula, que meu namorado ficou com medo de eu voltar arrasada e me disse "...talvez eles não estejam com tanta vontade de fazer teatro como você e a tua aula não tenha tanto sucesso como imaginas."
Foi quase um banho de água fria...e pensei que teria que ir mais motivada para contagiar pessoas tímidas como ele, que faria qualquer coisa pra não ter que levantar da cadeira.
Quando saí de lá, emocionada e inquieta, li avaliações aprovando a aula por unanimidade e solicitando repetir a experiência.
Quando entro numa sala de aula, há algo desconhecido que toma conta de mim...e faz com que tenha vontade de criar muitas coisas e alçar muitos vôos e quando saio de lá, a energia demora a sair de mim...acho que isso chama-se paixão.
O que quis deixar muito claro na aula e acho que consegui, é que qualquer pessoa é capaz de fazer qualquer coisa, desde que PLANEJE, PREPARE-SE e EXECUTE COM ENTUSIASMO.
A maior função do professor, é auxiliar o aluno a compreender que o potencial dele é muito maior do que o que ele se permite acreditar que tem.
Confira alguns flashes dessa deliciosa jornada...
Contos de fadas
Nossa, assisti ao Shrek 3 e me diverti à beça.
Acho muito válido, como aprendizagem, a comparação entre os clássicos e releituras como esta.
Assistindo ao filme, com sua boa dose de realismo, fiquei me questionando sobre a origem de nossas pré-concepções, como "porque pessoas "feias" nos causam impacto negativo e a beleza nos passa a imagem de bondade e confiabilidade.
Ver a Fiona acordando e dizendo "Bafinho da manhã" ao Shrek pareceu um excelente contra-ponto às novelas com pessoas acordando "cheirosas" e maquiadas.
Ouvir Shrek dizer que as pessoas passaram a vida julgando-o por sua imagem e ele acreditando nas crenças populares ao invés de acreditar nele mesmo e por fim ele passou a perceber o seu potencial e acreditar nele, também achei bacana.
O desfecho do filme, mostrando que não é preciso haver vilões e mocinhos, mas ao contrário, podem todos unir-se em busca da conquista do bem-estar comum, achei uma grande lição.
Os erros cometidos, as gafes, a falta de composturas e as decisões mal tomadas, aliadas à idéia de que é possível dar a volta por cima, que ninguém é perfeito, mas pode esforçar-se em aprimorar-se e que não é a espera de um milagre (fazendo menção à Bela Adormecida, à Branca de Neve e à Cinderela que assumiram suas poses de donzela aguardando o resgate pelo Príncipe Encantado) que mudará nossas vidas.
Lendo a Bibliografia indicada em Literatura, fazendo menção à origem dos Contos de Fadas, percebi que a maior função deste estilo literário é fomentar a esperança, visto que em suas lições o bem sempre vence e o fraco supera seus medos e suas limitações perseverando.
Os Contos de Fadas foram criados, contados e reelaborados pela plebe, que entre um dia árduo e outro de trabalho, sonhava com um milagre que lhe assegurasse um vida mais digna e mais confortável.
Sempre gostei de questionar meus alunos quanto às mensagens das histórias e fomentar um debate sobre a dose de realismo delas, o que sempre rendeu excelentes resultados e filmes como Shrek trazem uma boa proposta de reflexão.
Informações sobre o filme
Se quiser saber mais ainda...
Se você e curioso para dedéu...vá à origem das coisas...
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